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O Encontro de dois artistas:
O ilustrador
A ideia de criar um livro infantil partiu dos diversos trabalhos artísticos realizados por Augusto Figliaggi com seu grupo Arte Negus. Sua experiência como contador de histórias, ator e diretor de teatro infantil, foram elementos que propiciaram uma fundamentação sólida quando a ideia de elaborar um livro infantil surgiu. Além do contato com o público infantil, o artista ascrescentou as suas habilidades, ampla experiência em ilustração, essencial na construção imagética e conceitual do livro.
O Escritor
O convite feito à Cristian Cobra, para transformar as ideias do grupo em uma narrativa voltada para crianças de 7 a 12 anos, trouxe o elemento poético para que a ideia fosse concretizada. Cobra, é escritor e romancista, com três livros já publicados. O poeta também atua há 8 anos como coordenador geral, do Instituto Cultural Janela Aberta, sediado em São Carlos – SP, uma ong que atua como incubadora e gestora de artistas e projetos culturais. Figliaggi e Cobra já haviam trabalhado em parceria, anteriormente, no livro “Guerras Contidas” de 2007, além de outros projetos.
O Projeto Editorial
Foi somente em 2014 que veio a parceria do projeto editorial MORTO VIVO. Um livro que parte do princípio de criar um mundo onde as diferenças não fossem problemas, mas, um estímulo à amizade, curiosidade e cooperação.
A campanha de Financiamento coletivo
Após sua concepção, o livro foi viabilizado através de campanha de financiamento coletivo, divulgada na internet, onde os autores conseguiram arrecadar previamente e pagar 50% dos custos. Sendo que cada colaborador ganhou um kit contendo 1 livro, 1 marca páginas, 1 paper toy e 1 aquarela do Morto Vivo.
O uso da linguagem do reforço positivo
Com linguagem lúdica e clara, o livro traz em seu enredo uma história de crianças e “caveirinhas” diferentes, mas que percebem, através da cooperação, que é necessário que existam as diferenças, sem que estas sejam negativas. Essa ideia é apresentada não apenas no enredo, mas também na arte gráfica, ao se trabalhar especialmente os aspectos das cores. Inicialmente, tem-se dois mundos, diferentes e distintos. Contudo, a sua diferença não representa um antagonismo
, mas outras perspectivas, no sentido em que a vida pode ser contada através de diversas trajetórias. Trata-se de uma busca pela harmonia na desigualdade, encontrar formas distintas de ver as coisas, pois o que seria do verde sem o azul e o amarelo? E o que é o verde em si? Como encontrar a harmonia em um mundo plural e antagônico? No livro essas diferenças são registradas pelas cores amarelo e azul. À medida que os personagens compreendem que a diferença não é um fator de exclusão e negação e sim de cooperação, com o desenvolver da amizade e da aceitação das diferenças, o verde surge, como uma nova cor para ampliar esses mundos. Desse modo, a cooperação, representa o exercicío constante da empatia, da aceitação do outro, da convivência com o outro, e com tudo aquilo que é diferente de si mesmo. As críticas, execelentes, de seus leitores, estimularam os autores a pensarem em formas de ampliar a divulgação desse material, assim como, disseminar a mensagem da cooperação e da diferença.
Morto vivo contra o Bullying
A troca de xingamentos realizada pelos personagens, quando eles caem dentro da cova, ao se depararem com o diferente, traz a tona outro importante assunto: o bullying infantil. O contato com as estatísticas da violência escolar e do suicídio infantil foi fator de decisão para direcionar o desenvolvimento conceitual do projeto “MORTO VIVO: somos todos diferentes”. Desse modo, o projeto “MORTO VIVO: somos todos diferentes” visa dialogar com crianças e adultos sobre a questão do bullying, tendo como finalidade apresentar a diferença como algo comum, necessária e bacana. Esperamos através dessa aventura, que trabalha o bullying sob uma perspectiva da cooperação e da empatia, atingir inúmeras pessoas contribuindo de forma significativa na luta contra o bullying.
Ficha técnica: Título: Morto Vivo Texto: Cristian Cobra Ilustração: Augusto Figliaggi Ideia: Elaine Guarani, Cristian Cobra e Augusto Figliaggi Produção executiva e coordenação: Elaine Guarani Diagramação: Augusto Figliaggi Revisão: Doris Cristina e Elaine Guarani Impressão: Lura Editorial Editora: Janela Aberta Ano de publicação: 2015 Páginas: 48 Dimensões: 20x20cm Tiragem: 1.000 exemplares ISBN: 978-85-64728-06-6
Projeto Morto Vivo
Sobre O livro Morto Vivo
Equipe Morto Vivo
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