Objetivo:
O projeto “MORTO VIVO: somos todos diferentes” tem como objetivo conscientizar crianças e adolescentes, com idade entre 7 e 14 anos, profissionais da educação e seus pais sobre o Bullying e o perigo do suicídio infantil. Partindo do princípio de criar um mundo onde as diferenças não fossem problemas, mas sim um estímulo à amizade, curiosidade e cooperação. O projeto é fruto do desenvolvimento do livro infantil Morto Vivo produzidos pelos artistas Cristian Cobra, Augusto Figliaggi e Elaine Guarani. O livro foi viabilizado no ano de 2014 através de campanha de financiamento coletivo, na qual foi possível custear 50% dos custos. Com linguagem lúdica e clara, o livro “MORTO VIVO” traz em seu enredo uma história de crianças e “caveirinhas” diferentes, que percebem, através da cooperação, que é necessário que existam as diferenças, sem que estas sejam negativas.
Bullying um problema social
O livro nos alerta sobre um fenômeno social e um problema alarmante mundialmente que é o Bullying. Infelizmente, o mote de um livro infantil que apenas gostaria de ser um guia para a imaginação, enxerga a necessidade política e social de trabalhar com esse problema desde cedo. O bullying quando ignorado, tem consequências gravíssimas e estatísticas alarmantes, como por exemplo: o aumento na taxa de suicídio infantil, dados do Mapa da Violência, do Ministério da Saúde, mostram que de 2002 a 2012 houve um crescimento de 40% da taxa de suicídio entre crianças e pré-adolescentes com idade entre 10 e 14 anos. Estima-se para cada suicídio adulto, há de 10 a 20 tentativas que não acabaram em morte. No caso de crianças, são estimadas 300 tentativas para um suicídio consumado. Além disso dados do IBGE e IPEA mostram que 30% das crianças já sofreram bullying.
Seja valente e não valentão!!!
Recentemente foi aprovado, pela câmara dos deputados, um projeto de lei que obriga as escolas a combaterem o bullying. No entanto, a cartilha de combate ao bullying elaborada pelo governo MPF, assim como, a existência de outras cartilhas como a da Cartoon Network,
falham no combate real ao problema, que consiste primordialmente em trabalhar o problema sob uma outra perspectiva, ou seja, compreendendo que a diferença é algo necessária, comum e bacana. E não instigando o comportamento de taxação de agressores e vítimas.
Não cometa Bullying ao combater o Bullying
Ou seja, a campanha em andamento comete inconscientemente, bullying ao categorizar alunos como agressores e vítimas. Estamos lidando com crianças que ainda não compreendem ao certo o que é um ato de agressividade, e quando categorizamos ela sob um rótulo forte como agressor e/ou vítima, marca-se essa criança para toda vida, muitas vezes incentivando uma criança valente, a despertar um comportamento ainda mais agressivo e/ ou uma vítima a internalizar essa condição. Por isso, a cartilha precisa ser revista e seu conteúdo adaptado para uma linguagem que atinja de fato crianças com idade entre 7-14 anos. Dessa forma, o contexto do livro oferece elementos importantes, como a questão da valorização da diferença, como algo comum e necessário a todos de maneira acessível e em linguagem didática. Com base nisso, o projeto “MORTO VIVO: somos todos diferentes” visa dialogar com crianças e adultos sobre a questão do bullying, tendo como finalidade apresentar a diferença como algo comum, necessário e bacana. Ser diferente é algo bom, é aquilo que nos define como seres existentes no mundo. É o que nos faz ser “meio morto, meio vivo”, mas acima de tudo, únicos. Ninguém é igual a ninguém, e é justamente essa diversidade que fez do encontro de um menino vivo e de uma caveirinha, surgir uma amizade especial e única.
Projeto Morto Vivo
Sobre O livro Morto Vivo
Equipe Morto Vivo
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